domingo, 1 de maio de 2022

Há dois anos solteiro.

 Dois anos solteiro. Ficar sozinho em um Lugar isolado sem amigos, sem pessoas, sempre sozinho pode parecer algo um pouco triste. Mas eu tenho uma rara recordação Infantil de que um dia eu ficaria sozinho em algum lugar ermo. Isso aconteceu porque eu era o único menino com quatro irmãs e tinha meu próprio quarto. Sentia-me diferente dos outros. Eu não mudei muito e mudei também. Porque eu já gostava de artes, de música clássica e de aquários e animais. Agora sozinho estou sem limites e tudo o que eu sou tem aflorado sem obstáculos. Não ando negociando nada sobre minha vida. Mas uma parte de mim quer ter um amor. Alguém especial. Alguém favorita em todo o mundo. Mas não sei se essa pessoa existe. Não sei se eu ao pedir sabedoria colateralmente obtive a capacidade de ficar só, sempre reflexivo, sempre num esforço para me desdobrar. Sempre querendo entender a vida e minha missão. Estou aberto para o amor, mas desconfio que isso não vai dar em nada. Porque mulheres há aos milhões, mas aquela que tem a chave que abre o coração da gente é rara. Por isso eu caminho só. Estou inteiro e não me falta a metade. E eu sou grato. Não ao Deus lugar comum. Mas ao mistério que tem me permitido fazer a minha vida do meu jeito. Não precisamos ser modelo de nada. Mas acredito que estamos aqui pra sermos o que somos, seja lá o que formos. E somos o que nos fazemos ser. Trair isso é sair fora do eixo. É representar um papel e sempre se sentir falso. A sabedoria e a autenticidade não são pra todos. Muitos não pagam o preço. A maioria segue um caminho suave da conformidade. Eu já acho que não estamos aqui pra isso. No final da vida o que fiz de mim será a grande companhia. E eu partirei contente por um dia ter existido e sido alguém, como eu mesmo.

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