quinta-feira, 27 de junho de 2019

Um mundo melhor.

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Eu devo admitir que sempre fui meio doente. De uma doença muito comum. A maioria nutre esse mal. Ele é vulgar por que a mente no geral tem essa tendencia. Mas quando a mente vê a mente ela pode descobrir a doença, que antes nem percebia.
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A história da humanidade é a história da fome, da privação e do sofrimento. Para estarmos aqui, nossos ancestrais, por muitos milhares de anos, padeceram sérios Infortúnios. E não foi só a natureza que nos oprimiu, como espécie. Nós mesmo fomos causa de tremendo sofrimento, os piores. Porque a natureza pode ser hostil sem intenção. Mas os homens podem ser maus e flagelarem seus próprios semelhantes. Daí decorre toda a nossa negatividade, que é um tipo de autodefesa.
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Guerras, assassinatos, estupros, roubo, sequestro, crueldade, cobiça...Sendo possibilidades, da mesma forma que a paz, o amor, a caridade e toda sorte de bem, que geram uma forma de existência mais próspera, digna e desejável. Cada ser humano carrega todas essas possibilidades. E para sobrevivermos como espécie, nossos antepassados tiveram que lançar mão de coisas boas e más. Assim nos construímos.
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Mas chegamos num tempo em que se sabe, que a prosperidade e o bem, acabam prevalecendo ao mal. Pois o mal é desagregador. Se o mal já foi útil e ainda o é, são nas situações consideradas muito ruins. Na moral sempre é o bem que vence. E é tal a educação que os pais devem dar aos filhos, por amor a eles.
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A doença portanto é a negatividade. É o estar preparado pras piores coisas. É o não se alegrar sabendo que o choro virá. Estamos impregnado de negatividade e é difícil disso se livrar. Cabe a cada um se educar no otimismo. É preciso abrir as janelas do pensamento e deixar a luz entrar.
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Nossa época é o produto do esforço de bilhões de pessoas que passaram por esse mundo. Desde aqueles que viviam como bichos no mato, até aqueles que conheceram as primeiras civilizações. Somos o topo dessa saga. Vivemos hoje no melhor dos mundos, apesar de tantos problemas. E ainda não somos felizes.
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Muito se fez para superar o sofrimento. Deus e deuses foram criados. Se contrapondo a concretude do mundo natural, um mundo sobrenatural emergiu e foi propagado. E nisso também, se descobriu o bem e o amor, que já estava lá, como um instinto materno e paterno. Como um sentimento de tribo.

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De fato o mundo é perigoso. Mas toda o prazer está a solta, por ai. Mas o mundo não é uma coisa nem outra. Para nós o mundo é um reflexo da nossa mente. Mente boa, mundo bom. Mente ruim, mundo ruim.
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Diferente de reagir é responder. Ou reagimos ao mundo, ou elaboramos respostas pra cada situação. Por isso a responsabilidade é a coisa mais importante nessa relação entre cada um e o mundo todo. Ou se comanda a própria existência, ou a vida nos leva pra lá e pra cá, a seu bel prazer.
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A linguagem é o pensamento. Uma coisa que não possa ser dita não pode ser pensada. Por isso pra tudo se inventaram palavras. As palavras são mágicas. Quem sabe usar as palavras, mesmo que silenciosamente dentro da imaginação, são magos. Palavras tem o poder de transformas. Tudo se começa com palavras, sejam ditas sejam pensadas.
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Tudo que eu disse, é pra chegar a essa conclusão: que temos que cultivar os pensamentos, como porteiros, permitir a entrada ou barrar. Alguma coisa já entrou antes que nos déssemos por conda disso, e cabe despejar e banir. Mente boa mundo bom. Mente amorosa mundo amoroso. Assim, quando formarmos frases, atentemos para o que significam. Se digo que preciso disso e daquilo, estou sempre afirmando que estou precisando disso e daquilo. Se foco no que devo, sempre vou ter as dívidas a minha frente.
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Assim como os ancestrais do caos construíram um mundo de confortos para nós, mesmo que pelo próprio interesse, assim devemos proceder. Que nosso próprio interesse não prejudique a ninguém. Que a nossa mentalidade seja tal que no futuro a civilização humana seja muito melhor. O mundo é uma grande mente que é o espelho de todas as mentes. Só se melhora o mundo se melhorando.

quarta-feira, 12 de junho de 2019

me tornando invisível

Só escrevo pra dizer que não tenho vontade de escrever. Porque parece que há uma válvula, ela abre pra gente falar e ela fecha pra gente escutar. Minha válvula tá fechada porque eu agora estou prestando atenção. O que contribuiu muito foi eu ter baixado 700 livros nos últimos 10 dias...É tudo parte de uma busca espiritual pela sabedoria. Eu sempre escrevo porque preciso, como um desabafo. Mas agora estou quieto, escutando. Nem a política mais me interessa, porque ela é algo de tão impermanente e ilusório que tentar participar envolvido de coração é uma grande tolice, agora me parece. Eu agora não tenho mais vontade de escrever: porque a gente primeiro tem que viver. Eu agora não sei mais nada e quero aprender. Por isso eu me calo e observo. Não busco mais informação, mas que venham. Busco compreensão mais elevada. Busco me aprumar num patamar mais alto e ver as coisas com grande vista panorâmica. E eu finalmente me rendo. Me abandono pra poder seguir em frente. Cada vez mais sou menos corpo e mais espírito. Me preparo pra ser invisível. Mas se alguma verdade eu encontrar, giro a válvula, e tudo vos contarei!

domingo, 2 de junho de 2019

Me aprontando pra morrer.

Eu me apronto pra morrer. Posso até estar meio atrasado e isso pode ser algo mais urgente do que eu penso. Não tenho nenhum sinal ou aviso que eu vá morrer logo, mas a possibilidade é bem concreta. Já vi isso acontecendo. A pessoa tá viva, a pessoa morreu. A morte pode vir como uma surpresa. Não quero ser pego desprevenido. Não quero ser levado e deixar atrás de mim alguma desordem. Quero me preparar pro evento que é tão importante na vida. Preciso me limpar. Preciso varrer meus pensamentos. Preciso colocar um porteiro na minha mente, deixando entrar o que é claro, e expulsando o que é inútil e lixo mental. Preciso me reconciliar com todos, pelo menos da minha parte perdoar. E preciso me perdoar, ao rever dias e caminhos e dando a tudo uma solução no coração. Não que eu já queira morrer, eu quero fazer tantas coisas...Não se trata de arrumar as malas pra partir. Não há malas pra levar. Eu sei que vou completamente nu. Daqui não levo nada. Nem sei se minha individualidade me acompanha ou se é mais uma bagagem que me é arrancada. Que Deus saiba. E se Deus não existir e nem souber, Portanto, tudo será incrivelmente simples o final será tão abrupto como o de uma bolha de sabão. Mas na dúvida sinto que tenho que fazer a minha parte. Largar a ilusão. Estar num mundo e numa realidade tal e qual ela se apresenta. O fato de sabermos que vamos morrer é algo muito bom, um grande incentivo pra gente se purificar e expurgarmos tudo aquilo que temos mais que não somos. E no final, me arrumar pra morrer, não significa o que eu levo daqui, mas o que eu deixo. A vida pode mesmo ser breve e a eternidade um bastão que passamos pra posteridade.

sábado, 1 de junho de 2019

Contente que meu sobrinho desistiu de ser militar

Fiquei contente que meu sobrinho desistiu de ser militar e resolveu fazer curso superior de gastronomia. É muito melhor. Ao invés de aprender a matar pessoas, vai aprender a matar a fome das pessoas com requinte e arte, o que fará muito melhor pra alma dele e deixará os outros satisfeitos e felizes. E vivos!