segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

deletei a mulher

 A mulher quis saber o tamanho do meu terreno. Disse que se eu fosse morar com ela me daria o dobro. Até balancei. Ela tem 60 anos e é bem bonita. Inteligentíssima. Já tava me afeiçoando a ela e conversava quase todo dia.

Mas ai, depois de eu dar comida aos meus cachorros, tipo uns 20 minutos depois, o Shoyo, que é uma praga, abriu a geladeira e derrubou toda a minha comida, eu fiquei o dia inteiro fazendo uma goiabada que acabou no Lixo junto com toda comida da geladeira.
Eu tenho vontade de matar. Falo todos os palavrões que conheço.
Realmente irado. E faço escândalo pois sei que os cachorros nunca mais vão cometer esse erro. Tem funcionado.
Mas ai vou comentar com a pessoa. Ainda puto da vida.
Daí a mulher começa a me criticar que não alimento direito meus cães...
Nossa, senti meu cérebro ferver.
Eu deixaria de comer pra dar o que tivesse pros cães e sou julgado e pior na hora da fúria.
Daí eu reagi, dizendo que era uma péssima psicologa. Não me conhece, não conhece meus cachorros nem a minha casa e vem me criticar na hora errada.
De um instante pro outro o amor virou ódio. Deletei a mulher, bloqueei e só não joguei pros crocodilos porque não haviam crocodilos.
Imagina que largo minha liberdade e vou me aventurar por ai...
A falta de respeito pelo outro se manifesta nesse tipo de crítica sem fundamento.
Como diz o ditado: quando a esmola é muita, o santo desconfia!

quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

Ladrões!

 Ladrões, ladrões: onde olho vejo ladrões!

Estão por toda parte. Nos subtraindo. Nos enfraquecendo. Nos vampirizando.
Não estão na rua, mas na nossa casa, no nosso jardim, no nosso território pessoal.
Estes ladrões que nos sugam as energias são as coisas que fazemos mas não concluímos. Aqui do meu lado tenho um Buda ladrão. No meu jardim tenho mato crescendo e isso, toda vez que observo, me debilita.
Um jeito de fazer as coisas é começa-las e deixar que amadureçam e que evoluam no processo criativo. Mas elas pode se tornar muitas. Por isso ter 30 quadros encomendados é tão difícil. Temos que lidar com uma coisa de cada vez, mas todas elas nos roubam alguma atenção.
Imagine uma conta não paga. Aquilo pode estar no fundo da gaveta, mas de alguma forma está roubando nossa alegria de viver.
Então eu desejo a mim mesmo e a todos coragem. Pequenos demônios acabam formando um grande monstro. Mas é possível lidar com cada demônio. Tomando o cuidado de esgotar o assunto.
Viver em paz implica em estabelecermos ordem. Nem que a ordem seja pessoal, que nos livre do clamor das coisas inacabadas. Cada demônio concluído é um alívio. Pra matar todos os demônios temos que começar por um deles. Depois o outro, e assim vencendo cada fantasma insepulto, vamos ficando mais energizados. Mas não é fácil. Tem que meditar muito.E se não souber meditar, ore. Entre em acordo consigo mesmo. Vista a armadura e vá pra batalha. Essa sim é uma guerra santa.
Liza Capeleiro

Não tenho fogo.

 Minha amiga me Informou que eu não tenho fogo. Que só tenho ar e água, se não me engano, no meu destino astrológico.

Astrologia eu não entendo e nem tenho muita vontade de entender, porque acho que certas coisas são simplesmente impossíveis de serem entendidas.
Ela me aconselhou a fazer fogo. Olhar pro fogo.
Ora, e o gás acabou a uns 20 dias. Desde então faço fogo duas vezes por dia. Estou adorando e realmente acho que é um ritual e me ajuda psiquicamente.
Fazer o fogo é algo tão particularmente humano, e tão ancestral. Sinto uma conexão com o passado.
O fogo aquele e cozinha minha comida. E tem me integrado.
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terça-feira, 19 de janeiro de 2021

Nunca estive tão pobre.

 Nunca estive tão pobre. Nunca antes precisei de ajuda de parentes. Mas esse ano que passou eu fui ajudado muito. A ajuda veio na hora certa,sem eu pedir. Por isso eu tenho a sensação de estar sendo cuidado, por algo invisível que também tem me orientado.

Ter quebrado o braço foi, olhando agora, uma oportunidade que a vida me deu. Saí da zona de conforto, e entrei numa zona minimalista, onde pude perceber que muita coisa que eu não vivia sem, eram apenas coisas instaladas pelo costume. Agora eu me alimento considerando o que é a comida. Perdi um ritmo e me tornei bem lento, muito reflexivo, inapto pra viver a vida que eu vivia antes. Porque tenho percebido que ganhar dinheiro e ter uma vida padrão, custa caro, custa o tempo do ócio, o tempo de entender porque estou aqui e o que a vida espera de mim.
É incrível estar chegando aos 56 anos de idade e ao mesmo tempo notar que cada vez sei menos sobre mim, o que quero, pra onde vou. Cheguei a um nível tão básico, onde a profusão da vida, sua infinita variedade não me confundem, pois vivo no mínimo. Tudo isso tem me feito estar comigo, sem artifícios. Me faz pensar que uma escolhe tem que ser feita e que ela é crucial. O que importa mais, o que sou por dentro, o que me tornei espiritualmente ou se me rendo e saiu em busca de dinheiro, como se fosse isso o objetivo dos meus mais íntimos esforços?
Se oro e peço é apenas por ter mais sabedoria pois entre todas as coisas que existem pra mim isso é o que mais tem valor. Isso também custa caro. Custa a não adaptação a um mundo onde o dinheiro fala alto. Onde o valor das pessoas está naquilo que tem no banco. Me parece que a sabedoria requer seguir um caminho Muito particular. Que não tem a ver com o desenvolvimento da humanidade mas com o desenvolvimento do individuo.
Nunca estive tão pobre e nunca estive mais aprumado. Minha comida é tão simples que meu corpo tem agradecido.
Eu orei pela sabedoria e tudo me foi como que tirado. E indo nesse caminho cada vez mais me liberto das ilusões. Ando tão vivo como alguém que precisa sobreviver a um desafio. Vou me ralando e me esfolando, mas isso vai também me afiando. Cada vez mais as coisas materiais vão perdendo pra mim o valor e cada vez mais vejo a consciência crescer. Por isso o canto do pássaro me afeta tanto. Por isso hoje eu consigo perceber melhor o vento balançando as folhas das arvores.
Posso estar redondamente errado, mas acho esse erro tão legítimo, se for. Mesmo errado cada vez me sinto mais autentico. Eu sinto que eu vim pra esse mundo pra ser eu mesmo. E as vezes isso implica em destruir todo o mundo.

domingo, 10 de janeiro de 2021

A Traição conjugal.

 Eu vejo assim: todo homem gostaria de ter um harém. Mas isso não é aceitável, obviamente. Por isso ele se adapta ao que é convencionalmente estipulado, pra haver alguma justiça e paz social. A Justiça e a paz são conquistas dos fracos. Mas elas se mostraram muito civilizatórias. mas na cabeça dos homens, eu diria quase todos, se não estiver enganado, em suas fantasias, desfilam muitas mulheres nuas. Lá na vida secreta da mente podem rolar algumas orgias, até. Então há um harém na cabeça dos homens.

Alguns homens saem da caixinha e sorrateiramente, arrumam amantes ou visitam prostitutas. Não sei o que passa pela cabeça das mulheres que tem uma psicologia própria, mas como elas aceitam muitas vezes participar dessa farsa, então acredito que elas tenham muitas vezes um lado muito libidinoso, também.
O resultado disso não poderia ser outro: confusão.
Se o amor for livre de comum acordo, há menos confusão. Mas a traição é uma coisa realmente séria para a mente e gera uma grande perturbação. Por isso é tão secreta.
Uma pessoa que engana a outra é desonesta, embora a gente entenda que lá no fundo dela haja nisso uma sinceridade para com seus próprios desejos. Mas ao desrespeitar o pacto que fez, de amor, causa muita dor e não raro destrói toda uma relação.
Um homem monogâmico e não traidor e a mulher também, ao fazerem amor, muitas vezes estão com outros homens e mulheres na cama. Vão trocando de parceiros pois quem faz sexo muitas vezes é a imaginação. Elas estão tão próximas, ele pode estar dentro dela, mas está noutro lugar, com outras mulheres e ela idem. Isso pode ser bom pra manter um casal unido sem que haja traição. Mas lá no fundo não deixa de haver uma certa desonestidade nisso, pois as pessoas se usam mutuamente, como objetos.
Por isso é tão bom ser sozinho, muitas vezes. A mente é um parque de diversões. E não se é desonesto nem traidor quando não se tem acordo com ninguém.
Mas o sexo, em ultima analise, é um tipo de prisão, que nos encarcera por dentro. A natureza nos usa pra seus fins. Assim, quando o sexo vai morrendo na gente, isso nada tem de triste. Triste é velho tarado. Com a morte do sexo, o gozo vem do espírito.
Rodrigo Castro e Fernanda Rabello Pinho

meio Ateu

 Eu sou meio ateu. Digo meio, porque parte de mim sabe que há algo nesse universo de transcendental, de inimaginavelmente poderoso do qual somos um dos frutos entre uma infinidade de outros.

Mas Deus mesmo, esse Deus ordinário de todo mundo, esse eu desprezo. Todo lugar comum tem alguma coisa de estúpida. Aceitamos um Deus que nos foi enfiado pela goela abaixo quando eramos pequeninos sem capacidade de discernimento, como condicionam um animal.
Eu busco essa coisa inexplicável e maravilhosa que não cabe em nenhuma palavra, e que não caberia também em nenhum Livro, por mais sagrado que seja.
O maravilhoso só pode ser intuído, jamais sabido ou entendido.
Penso que está reservado àqueles que o buscam como exploradores num mundo ilustrado de mentiras.
Eu tenho certeza que só chegaremos de fato a intuir o divino, quando superamos todas as mentiras e lugares comuns. Antes de Deus ser encontrado, devesse passar pelo Diabo e pela loucura.

novas amizades

 Tô numa fase tão feliz com relação a novos amigos. Uma leva de pessoas muito bacanas, que sinto que tenho que aprender com elas. Gente evoluída. É com gente assim que temos que ter amizade. Pra melhorar nosso Q.I. e espiritualidade. Uma pessoa pode ser reconhecida pelas amizades que tem. Uma das minhas novas amigas que nunca vi pessoalmente me convidou pra morar com ela. Isso me encantou tanto. Quem faz esse tipo de convite?! A outra me ajuda com o meu livro, gratuitamente, pela simples generosidade. É assim: a gente cultiva o jardim e as borboletas aparecem. As melhores coisas da vida não custam nada. Amizade é uma delas.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

O melhor presente que já ganhamos

 A gente é como cobra e troca de pele. Quilos de pele todos os anos. Mas há a pele que envolve nosso espírito também, que sempre é trocada. Por isso ler coisas que escrevemos a pouco tempo já parecem desatualizadas e não servem mais pra nos representar. Sempre vejo isso no meu blog e vou apagando pois aquilo não sou mais eu e não me pertence. Mas alguma coisa sobrevive. Porque algumas vezes dizemos coisas que não se deterioram. E é interessante demais e até promissor dar uma olhada no passado. Eu estava analisando coisas que escrevi em 2019. Tudo dentro da cronologia dos fatos. Eu de certa forma me arrependo de muita coisa que disse. Porque eu mudo sempre. Olhar pra trás ajuda a olhar pra frente. Rever coisas é fantástico, mesmo que sejam pouco gloriosas. Eu acredito que cada um de nós é uma obra. Estamos os fazendo. Estamos trocando de pele> Estamos amadurecendo as ideias e pensamentos. Não nos apeguemos a nada. Tudo passa e não é mais atual. A única coisa atual é a consciência, que observa e aprende. Ela é a luz que ilumina o agora. Certamente a consciência é o melhor de todos os presentes que já ganhamos.