quarta-feira, 10 de abril de 2019

como me livrei de um velho amor, arrumando um novo

Poucas coisas eu amo tanto na vida como fumar maconha. Não é por ter ouvido falar, mas por experiencia própria, que eu foi percebendo que ela estava me atrasando. Eu provavelmente era a pessoa mais maconheira do Brasil. Imagina que vc é apaixonado por alguém e sente que não pode viver sem aquele amor, aquela convivência. Não sei bem quando comecei a me tocar que as vezes podemos nos apaixonar por alguém que não é a melhor pessoa, entretanto. E renunciar a esse amor, é renunciar a um sentimento muito arraigado, um sentimento estabelecido, sólido. Mas enfim, minha intuição num determinado momento, num insight, se deu conta de que eu estava estacionado. Porque quando a gente se sente bem, quando estamos numa zona de conforto, é difícil abrir mão disso e pra cair numa situação que a primeira coisa que se sente é a ausência, o desconforto...E quando a gente se sente um pouco desconfortável e mal, a mente da gente atraí exatamente isso. A coisa ruim parece piorar. Tudo é um convite a deixar pra lá e retornar ao velho hábito e rotina. Mas eu fui, entretanto bem esperto e inteligente, desculpem a falta de modéstia. Por que veja, quando a gente ama muito Uma pessoa e por alguma razão tem que se afastar dela, por não te fazer bem, a forma mais eficaz de fazer isso é arrumando outra. E foi o que fiz. Haviam coisas que eu não fazia mais, como estudar e ler. Porque quando a gente fuma a gente não quer fazer essas coisas, prefere ouvir música ou assistir um filme...Então troquei uma coisa por outra, que eram inconciliáveis. Acabei por encontrar um ótimo prazer em ler e aprender coisas novas , o que libertou minha mente da sensação de que estava abrindo mão da coisa que mais amava. Ora, descobri outra coisa que também amo muito. Minha mente aceitou muito bem a troca. Não tem mais saudades da antiga paixão. Tudo isso eu digo, para fazer alguém que me lê, refletir se tiver o mesmo drama. Porque quando a gente só tira algo da gente permanece um grande vazio. Mas quando a gente preenche o vazia com algo que realmente convence, a mente, o consciente e o inconsciente parecem apoiar. É uma ótima sensação de integração. E é como muitas coisas importantes na vida que nos faz evoluir: passamos pelo Diabo pra chegar em Deus.

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