sexta-feira, 14 de agosto de 2020

Escolhendo ser sozinho.

 Eu fico pensando se eu já amei alguém de verdade, tirando os filhos e pais, dessa conta...Eu fico com dúvida se amei alguém ou precisei da companhia, pra atender necessidades físicas e psicológicas. E também não sei se fui amado, ou se preenchi também uma demanda. As vezes acho que amei e as vezes fico na dúvida se o amor que eu sinto é só mais um tipo de egoísmo, travestido. Eu já tive muitas mulheres, mas hoje me pergunto se já fui de alguém. O amor constrói mas eu destruí alguns pelo caminho pra continuar minha própria construção. Eu tive mulheres, uma de cada vez, mas na minha cabeça sempre tive todas as mulheres. Amar alguém eu desconfio que seja da minha parte uma falsidade Ideológica. A gente demora um tempão, uma vida, pra perceber quem a gente realmente é. A gente percebe, quando dá sorte, quão grande foi a ilusão que sempre nos embalou, desde a infância. Quando se perde a ilusão, um grande e oceânico vazio se instala...Perder a ilusão é entrar num mar desconhecido. É se ver e não se reconhecer bem. É perceber que o mundo é estranho e que ainda não se sabe de nada ao certo...Sozinho, sem ter a quem apelar, eu fico aqui me encarando noite e dia. Isso é bom, quando a meta da pessoa é aprender. E aprendo sondando e analisando minha mente. Ficar só é uma benção. E eu agradeço o grande vazio. Nele eu posso desenvolver tanto, criar, mudar e preencher espaço. Nele, meu espírito, passeia enquanto tece considerações...

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