sexta-feira, 29 de novembro de 2019

O Deus dos outros e o particular.

O estudo da história, a observação da fé alheia, a meditação e o pensamento próprio, aos poucos vai matando Deus. Até um ponto que toda a religião que o representa parecer mais uma forma de arrogância coletiva. Se há alguma sabedoria há também muita estupidez. Mas na proporção que Deus tem morrido,concomitantemente, alguma coisa tem começado a nascer, que só posso chamar de espiritualidade. Te oferecem Deus como algo que está posto e deve ser aceito e a ele submetido. Esse é o Deus coletivo, das massas. Mas estreitamente, por um caminho sutil, a percepção de estar conectado com a vida e com o que a sustenta, faz crescer uma fé e uma confiança, senão num Deus comum, num Deus aparentemente particular. Um Deus que só posso acessar pela investigação do meu próprio interior, pela auto-compreensão.. Um Deus que só posso acessar pelo meu entendimento. Um Deus que é algo a ser descoberto, e que não é exatamente o Deus dos outros. Religião é pra quem precisa de uma mão pra segurar. Se conectar com Deus,mesmo sem certezas, sem intermediários, é pra quem pode. Uma coisa é o padrão a outra a aventura da religiosidade. Uma coisa é ser servo de Deus, outra é ser um pedaço Dele.

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