terça-feira, 16 de julho de 2019

Dissolvendo o erro.

Sentado na minha cadeira, ouço uma flauta e um piano, uma linda melodia chinesa. Relaxo os ombros, endireito minha espinha. Fecho os olhos. Com alguma paciência relaxo os músculos da face. A respiração é como uma porta de salão, ela vai e vem. Ar entra e ar sai e é nisso que me concentro. Coisas tentam entrar na minha mente, brotam dela. Só observo e deixo irem. A respiração é que importa. O ar entre e sai, só isso. 
Depois de algum tempo volto ao mundo cotidiano. Esses 10 minutos me transformaram. Sou outra pessoa. Eu cheguei e não onde eu queira ir.
Reflito que eu aqui na minha cadeira posso ser visto do espaço, digamos de 300 metros de altura. Lá embaixo não sou grande coisa. Mas se subir mais e conseguir ver a paisagem como de um avião, eu praticamente desapareço. E se eu subir até a orbita da terra, verei o planeta e quanto a mim cada vez mais insignificante me verei. Mais nessa imaginação eu posso ir muito mais longe. Pouco importa porque eu já terei me diluído.
Engraçado que somos programados a ser um centro de observação, um ego. Tão importante parecem as coisas que nos acontecem.E não raro isso nos faz sofrer. Mas talvez seja um exagero estarmos tão comprometidos com nossos dramas. Talvez seja um erro. Porque quando de nós largamos tudo, e os esvaziamos de pensamentos e preocupações , parece que paradoxalmente nos preenchemos e nos completamos. Nosso melhor estado é o de paz e tranquilidade, mas nos confundimos querendo tantas outras coisas. De certo temos a possibilidade de sermos sábios. Mas por uma longa e arraigada distração nos desperdiçamos.

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