segunda-feira, 9 de setembro de 2019

No teatro da vida

Atuando no mundo, somos personagens. As circunstancias, a ordem estabelecida, as convenções - tudo atua como foças externas que limitam. Pela sobrevivência física e psicológica nos deixamos moldar, vamos cedendo, nos adaptando. Tudo pela importancia de sobreviver, nos adequamos ao necessário.
Assim contracenamos no grande palco do mundo com outros atores, cada qual vivendo o papel que consegue viver, que pode, que forjou pra si mesmo.
É nesse contexto , que os objetivos da vida são mesclados de desejos de ascensão social pelo personagem, que tenta protagonizar a seu própro favor.
No final das contas o resultado disso é alguma falsidade, algum auto-engano, algum cinismo.
Feliz é o dia que percebemos que não somos exatamente a máscara que vestimos. Quando a Máscara sofre uma derrocada e nos vemos nús, sem forma, como espíritos imateriais, habitando um corpo que é como que uma máquina, a se deslocar num cenário, ficamos confusos de abrigarmos um vazio, o verdadeiro habitante em nós.
Nessa hora , ou a pessoa reinveste na fantasia, e recomeça o seu teatro, ou num salto quantico ela se toca que os verdadeiros objetivos são interiores e tem a ver com sabedoria e crescimento espiritual e não com acumulo e status.
A sabedoria devia ser a verdadeira meta do indivíduo.
Nossos bens e conquistas materiais, nosso corpo e mesmo todo o cenário a nossa volta já estão perdidos pra nós, é só questão de tempo.  Tudo nos será tomado e desaparecerá.
Muito nem pensam nessas coisas e preferem atravessar a vida distraídos.
O tempo está passando. Pode haver ainda algum tempo, ou a morte pode te visitar ainda hoje, sem avisar. O ator sai de cena quando achava que o mundo dependia dele. A história era outra.
Lutou e ganhou um mundo que desapareceu. E se houver outro mundo será nele uma bactéria espiritual.
Que isso não aconteça, contigo!

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