quarta-feira, 22 de abril de 2020

A pátria

Eu não sou patriota. Entendo minhas obrigações cívicas, entretanto. Mas ter a crença que porque nascemos num lugar, esse lugar existe de fato, é algo real, isso já não acredito. Tudo são nomes, fronteiras artificiais e não naturais. Tudo é convenção. Não há, por exemplo, essa coisa chamada Brasil, como não há nenhuma nação que seja uma realidade que não seja arbitraria. Você por exemplo mora a 300 metros da fronteira com outro país. E nasceu ali. Se as nações entram em guerra você vai matar seu vizinho senão ele te mata. . É Uma grande loucura o patriotismo. E nele vemos muitos canalhas se escondendo. pegam a bandeira e se embrulham nela como se o conteúdo fosse melhorado com o envólucro. Não. É mais um disfarce. No mundo pessoas se matarão aos bilhões durante a história da humanidade convencidos que pátria era algo real, como uma entidade invisível. Não se tocaram que essa pátria é algo que acontece no cérebro como uma crença e não no mundo real. Somos todos terráqueos. Somos todos aparentados. Suméria, Egito, Grécia, Roma é parte da história de todos. Cristãos, budistas, muçulmanos, satanistas, são todas separações que a crença realiza, não na terra ou no céu, mas no cérebro. A terra é nossa mãe e é filha do universo cósmico. Pátria, tradição, crença religiosa é apenas o apequenamento de algo infinitamente maior. Abrimos mão de um universo que nos gerou, pelo conforto da mediocridade. Abrimos mão de uma fraternidade universal, por um ódio por nações, que são as pátrias que os pariu, em suas mentes limitadas. Uma pessoa se veste com a bandeira e sai or ai como se carregasse uma nação...Mas bem podemos enrolar um coco na bandeira...É apenas o envolucro e o recheio. Mas nada além disso.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sintam-se livres para comentar. Agradeço a visita e volte sempre!