domingo, 6 de outubro de 2019

Dei um tempo com o São Francisco

Claro, eu posso vir a morder minha santa língua, pode ser que numa situação de aperto eu volte a fazer algum São Francisco, mas hoje depois de ver tantos, eu decido que não quero mais fazer nenhum. Quanto mais eu estudo a história do cristianismo, mas eu percebo que por trás de todo enfeite existe uma feiura perpetuada por dois mil anos de violência, intolerância e mentiras. O catolicismo é como um tubarão espiritual, que arrasta multidões, acumulando poder, dominando. São Francisco poderia por exemplo ter rompido com a ordem vigente, mas preferiu se ajoelhar diante do Papa, e escolheu a pobreza num mundo tão pobre, onde a grande maioria não tinha escolha. Enquanto a sua igreja de Cristo roubava e enganava. A igreja como os santos são coisas que são exteriores a nós. Santos são garotos propaganda. Olhe-os com uma lupa, bem de perto, e vai se assustar. As igrejas e catedrais são lindas, mas quantos judeus não foram mortos, seus bens confiscados, quanta indulgência não foi vendida?! E Podem me dizer que isso são histórias antigas. Mas o relacionamento da igreja com o Nazismo, com o fascismo e com a própria máfia são recentes e atuais. Sem falar da pedofilia que não aconteceu aqui e ali, mas que foi uma praga de milhares de abusos que destruiu a vida de muita gente.
Esse Deus é bem fácil. Você o aceita e está tudo limpo pra você. Mas o Deus que tenho perseguido ele não se mostra senão sutilmente, e só posso realmente vislumbra-lo na experiencia imediata que é tão pessoal e algo que ninguém pode te oferecer. Toda religião é droga, por isso acabamos dependentes. Poucos são os realmente corajosos de trazerem pra si toda responsabilidade espiritual. Quem precisa de outro homem pra chegar a Deus é apenas um cliente, ou ainda vive um tipo de infância que não termina bem. Psicologicamente dominado. Refém do medo da morte. Religião era pra unir os homens mas ela separa. Era pra dar sabedoria mas gera dependentes. Pra mim a religião autentica e genuína é falar diretamente com Deus. É ouvir Deus dentro de si. Ou nem ter Deus, e ser o próprio bem. É disso que o mundo precisa.

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